Sepulturas de Pessoas Escravizadas Descobertas na Plantação de um Pai Fundador em Delaware
Descoberta das Sepulturas
Arqueólogos descobriram as prováveis sepulturas de pelo menos 25 pessoas escravizadas na plantação de John Dickinson em Dover, Delaware, um signatário da Constituição dos EUA. A descoberta foi feita após uma busca de dois anos por 450 acres da propriedade.
Pesquisadores acreditam que o cemitério data de 1720 e mede aproximadamente 170 pés por 160 pés. A ausência de lápides e outras marcações tornou a localização do local um desafio, mas mapas da propriedade das décadas de 1930 e 1940 ajudaram a equipe a restringir sua busca.
John Dickinson e Escravidão
John Dickinson, conhecido como o “escritor da Revolução”, foi um rico estadista americano que desempenhou um papel significativo na luta pela independência do domínio britânico. No entanto, como muitos de seus contemporâneos, Dickinson também escravizou pessoas.
Em sua plantação de 5.000 acres, Dickinson pode ter escravizado até 59 indivíduos ao mesmo tempo. As pessoas escravizadas cultivavam principalmente tabaco, uma cultura lucrativa na época.
Significado Histórico
A descoberta do cemitério é um lembrete das experiências frequentemente esquecidas de pessoas escravizadas durante a era da fundação dos Estados Unidos. Também destaca a importância de preservar e honrar a memória daqueles que foram forçados a suportar os horrores da escravidão.
O Serviço Nacional de Parques (NPS) declarou que o local será tratado com a “honra e respeito que merece”. Planos estão em andamento para proteger o local e envolver a comunidade sobre como proceder com novas pesquisas e interpretações.
Envolvimento da Comunidade
Pesquisadores estão trabalhando com membros da comunidade para tentar identificar os nomes e biografias dos indivíduos enterrados na terra. Aqueles que podem ter informações relevantes são encorajados a entrar em contato com a equipe.
A equipe espera descobrir as histórias não apenas dos indivíduos escravizados, mas também das outras pessoas que viveram e trabalharam na plantação, incluindo servos contratados, arrendatários, comerciantes, artesãos e pessoas negras livres.
Pesquisas Futuras
Investigações arqueológicas no cemitério estão em andamento. Os pesquisadores esperam aprender mais sobre a vida das pessoas escravizadas e as condições em que viveram e morreram.
A equipe também planeja conduzir pesquisas adicionais com membros da comunidade para descobrir a história mais ampla da plantação e seus habitantes.
Preservando o Passado
A descoberta do cemitério na plantação de John Dickinson é uma oportunidade valiosa para aprender mais sobre a complexa história da escravidão nos Estados Unidos. É um lembrete da importância de preservar e honrar a memória daqueles que foram escravizados e de continuar a lutar por uma sociedade mais justa e igualitária.