Descoberta de vinho raro da Madeira no Museu Liberty Hall
Importância histórica
Durante um projeto de renovação no Museu Liberty Hall no campus da Universidade Kean em Nova Jersey, historiadores descobriram um tesouro da história do vinho americano: quase três caixas de vinho da Madeira datadas de 1796, ano em que John Adams foi eleito presidente.
O vinho fortificado, originário da ilha portuguesa da Madeira, desempenhou um papel importante no desenvolvimento dos Estados Unidos. Seu alto teor alcoólico e durabilidade durante longas viagens marítimas o tornaram a bebida preferida de cavalheiros e damas no Novo Mundo durante os séculos XVII e XVIII.
Conexões revolucionárias
O vinho da Madeira estava intimamente ligado à Revolução Americana. John Hancock contrabandeou navios da Madeira para as colônias, desafiando a tributação britânica. A apreensão de seu navio Liberty, carregado com Madeira contrabandeada, provocou tumultos em Boston e contribuiu para as crescentes tensões que levaram à Revolução.
Diz a lenda que Thomas Jefferson brindou à Declaração da Independência com Madeira, e George Washington celebrou a evacuação britânica da cidade de Nova York com o vinho fortificado.
Descoberta e preservação
Os trabalhadores do Liberty Hall descobriram a bebida histórica, juntamente com 42 garrafões de vinho da década de 1820, escondidos atrás de uma parede construída durante a Lei Seca. Ao contrário da maioria dos vinhos antigos que se deterioram com o tempo, a natureza fortificada da Madeira permite que ela seja conservada indefinidamente se armazenada adequadamente.
Valor e procedência
Algumas das garrafas incluíam Madeira produzido para uso pessoal do importador de vinhos milionário Robert Lenox. Essas garrafas Lenox são incrivelmente raras e podem valer até US$ 20.000 cada, de acordo com Mannie Berk da Rare Wine Co.
O Museu Liberty Hall é o proprietário do vinho e decidirá se permitirá que alguém prove a bebida revolucionária.
História do Liberty Hall
O Liberty Hall foi originalmente construído em 1772 e cresceu ao longo do tempo de uma casa de 14 cômodos de propriedade do primeiro governador eleito de Nova Jersey para uma mansão de 50 cômodos de propriedade das famílias Livingston e Kean. Ele acabou sendo transformado em um museu no campus da Universidade Kean.
Sabe-se que Alexander Hamilton ficou na casa em 1773, onde provavelmente provou um pouco de Madeira (embora o pai fundador gostasse mais de café).
Legado e significado
A descoberta deste raro vinho da Madeira fornece uma conexão tangível com a era de fundação dos Estados Unidos. Ele lança luz sobre o papel da Madeira na formação da história americana, desde seu papel em alimentar a Revolução até sua presença em celebrações importantes.
A coleção de vinhos da Madeira do Museu Liberty Hall serve como um lembrete da rica história e herança dos Estados Unidos e do legado duradouro desta bebida fortificada.