A Volta ao Mundo Recorde de Nellie Bly
Uma Corrida Contra o Tempo e a Concorrência
Em 1889, a intrépida jornalista Nellie Bly embarcou em uma jornada notável ao redor do mundo, sem saber que estava competindo com um repórter de uma publicação rival. Seu objetivo era superar a odisséia fictícia de 80 dias de Phileas Fogg do romance de Júlio Verne.
A determinação e a coragem de Bly a impulsionaram a circunavegar o globo em apenas 72 dias, estabelecendo um recorde mundial e superando sua própria meta de 75 dias. Sem que ela soubesse, ela também derrotou sua concorrente, Elizabeth Bisland da revista Cosmopolitan.
Uma Pioneira no Jornalismo
Nellie Bly, nascida Elizabeth Jane Cochran, foi uma jornalista pioneira que quebrou as barreiras para as mulheres no campo. Sua denúncia sobre as condições cruéis no manicômio de Blackwell’s Island expôs as injustiças enfrentadas pelos doentes mentais.
A Corrida ao Redor do Mundo
A viagem recorde de Bly começou no navio a vapor “Augusta Victoria” de Hoboken, Nova Jersey, a Londres, Inglaterra. Apesar de sofrer enjoo, ela chegou a Londres em sete dias. De lá, ela viajou de trem para Paris, onde conheceu o próprio Júlio Verne.
Enquanto Bly continuava sua jornada pela Europa, Egito e Canal de Suez, ela permaneceu inconsciente da competição na qual estava envolvida sem saber. No mesmo dia em que partiu para Londres, Bisland deixou Nova York em direção oposta.
O Contraste: Bly vs. Bisland
Bly e Bisland apresentavam contrastes gritantes. Bly era conhecida por suas observações vívidas e astutas, enquanto a escrita de Bisland era mais lírica e impressionista. Bly buscava notoriedade, enquanto Bisland a evitava.
O Impacto do Jornalismo Amarelo
A viagem de Bly foi um produto da era do jornalismo amarelo, quando jornais e revistas sensacionalizavam histórias para aumentar a circulação. “Repórteres femininas” como Bly eram frequentemente contratadas como “garotas de acrobacias” para atrair leitores.
Os Desafios Enfrentados pelas Mulheres Repórteres
No século 19, as mulheres repórteres enfrentaram desafios significativos. Elas eram frequentemente descartadas como incapazes e privadas de oportunidades de avanço. O sucesso de Bly foi uma prova de sua determinação e habilidade.
A Jornada Continua
Durante sua viagem, Bly enviou despachos para seu jornal por cabo e escreveu reportagens mais longas que foram publicadas por navio. Seus editores apostaram em sua hora de chegada e republicaram relatos de sua jornada em jornais de todo o mundo.
A Revelação de uma Corrida
Bly ficou chocada ao descobrir em Hong Kong que estava em uma corrida com Bisland. Imperturbável, ela seguiu em frente, finalmente retornando à América após uma longa jornada pelo Pacífico.
O Retorno Triunfal
A chegada de Bly à América foi recebida com aplausos e celebrações. O World fretou um trem de carro único para transportá-la rapidamente pelo país. Ao longo do caminho, ela foi saudada com votos de felicidades, telegramas, flores e vivas selvagens.
O Resultado
Bisland, apesar de perder a corrida, também ganhou fama. No entanto, ao contrário de Bly, ela se retirou dos holofotes e nunca falou publicamente sobre sua viagem após seu retorno. Bly, por outro lado, embarcou em uma turnê de palestras de sucesso e continuou a quebrar barreiras para as mulheres no jornalismo.
O Legado de Nellie Bly e Elizabeth Bisland
As jornadas recordes de Nellie Bly e Elizabeth Bisland ao redor do mundo abriram caminho para as mulheres no jornalismo. Suas histórias continuam a nos inspirar e nos lembrar dos desafios e triunfos enfrentados por aqueles que ousam quebrar barreiras.