Flaco, a famosa coruja do Central Park, morre após colidir com edifício
Fuga e liberdade na cidade
Flaco, a coruja-real eurasiática que cativou a cidade de Nova York por um ano após escapar do zoológico do Central Park, infelizmente faleceu após colidir com um edifício em Manhattan.
A jornada de Flaco começou em 2 de fevereiro de 2023, quando alguém vandalizou seu recinto, cortando a malha de aço inoxidável de sua gaiola. A coruja, nascida na Carolina do Norte em 2010, era residente do zoológico desde que tinha menos de um ano de idade.
Um símbolo de resiliência e inspiração
A fuga de Flaco o tornou uma celebridade instantânea, inspirando inúmeros nova-iorquinos. Ele se tornou uma visão comum na cidade, empoleirado em torres de água, escadas de incêndio e até mesmo em um banco do Central Park. Suas habilidades de voo e destreza na caça surpreenderam os observadores, provando que ele era capaz de prosperar em seu novo ambiente urbano.
Esforços para recuperar Flaco
A equipe do zoológico inicialmente tentou recuperar Flaco, mas seu sucesso na caça tornou cada vez mais difícil atraí-lo de volta para seu recinto. Enquanto algumas pessoas defendiam que Flaco permanecesse livre, o zoológico enfatizou os riscos que ele enfrentava devido a colisões com edifícios, ratos envenenados e ameaças a pássaros nativos menores.
A trágica colisão
Em 23 de fevereiro de 2024, a vida de Flaco foi interrompida quando ele colidiu com um edifício no Upper West Side. Uma necropsia realizada no zoológico do Bronx revelou hemorragia substancial sob seu esterno e em sua cavidade corporal ao redor de seu fígado. Não havia evidências de traumatismo craniano ou fraturas ósseas.
Luto e legado
A morte de Flaco foi recebida com luto generalizado nas redes sociais e na cidade. As pessoas deixaram flores e fotos em uma árvore memorial no Central Park, onde ele costumava se empoleirar. David Lei, um observador da vida selvagem, postou no Twitter: “Flaco desafiou as probabilidades e fez uma bela vida para si na cidade durante o ano passado. Ao longo do caminho, ele passou a significar muito para muitos, inclusive para mim”.
Os perigos do vidro em edifícios
A morte de Flaco destaca os perigos que o vidro em edifícios representa para os pássaros. De acordo com uma pesquisa da NYC Audubon, as colisões com vidros de edifícios matam entre 90.000 e 230.000 aves migratórias na cidade de Nova York a cada ano.
Esforços para proteger os pássaros
Em resposta à morte de Flaco, legisladores de Nova York anunciaram um novo impulso para duas peças legislativas favoráveis às aves. A primeira reduziria a poluição luminosa, enquanto a segunda, a Lei de Edifícios Seguros para Pássaros, exigiria que novos edifícios usassem projetos que minimizassem as colisões de aves. Esta lei foi renomeada como Lei Flaco em homenagem ao legado da coruja.
Determinando a causa
Especialistas ainda estão trabalhando para determinar se algum fator de saúde pode ter contribuído para a colisão e morte de Flaco. Eles estão examinando seu corpo para verificar se há exposição a veneno para ratos ou outras toxinas, bem como doenças como o vírus do Nilo Ocidental e a gripe aviária. Também é possível que Flaco estivesse doente nos dias que antecederam sua morte, pois os moradores relataram não ter ouvido seus chamados noturnos.
O impacto de Flaco
A fuga e subsequente morte de Flaco tiveram um profundo impacto nos nova-iorquinos. Ele aumentou a conscientização sobre os desafios enfrentados pela vida selvagem em ambientes urbanos e a importância de proteger os pássaros de colisões com edifícios. Seu legado continuará a inspirar esforços para tornar a cidade mais segura para todas as criaturas.