Regeneração de membros: sapos dão esperança, humanos podem vir depois
Sapos-de-unha-africanos: um modelo para a regeneração
Os sapos-de-unha-africanos são únicos entre os animais por sua capacidade de regenerar membros perdidos. Na natureza, esses anfíbios não podem regenerar membros complexos como os humanos, mas uma nova técnica experimental está os ajudando a substituir partes perdidas do corpo, oferecendo esperança de que a regeneração de membros humanos possa ser possível um dia.
O coquetel de cinco medicamentos
Pesquisadores da Universidade Tufts e Harvard amputaram a perna de uma fêmea adulta de sapo-de-unha-africano e então cobriram o toco com um coquetel especial de cinco medicamentos. Os medicamentos incluíam hormônios para estimular o crescimento de nervos e músculos, e outro para impedir que os corpos dos sapos produzissem colágeno, o que leva à formação de cicatrizes.
A cobertura BioDome
Para estimular o crescimento de uma nova perna, os cientistas aplicaram uma cobertura de silicone chamada “BioDome” no ferimento de cada sapo. A cobertura continha o coquetel de cinco medicamentos e imitava o saco cheio de líquido onde os embriões se desenvolvem, criando um ambiente propício à regeneração.
Um processo de um ano e meio
Durante o ano e meio seguinte, os sapos adultos regeneraram uma estrutura funcional parecida com uma perna, com nervos, músculos, ossos e projeções semelhantes a dedos. Os membros regenerados não eram perfeitos, faltando unhas e parte da membrana, mas os sapos conseguiram usar as novas pernas para nadar.
Células-tronco e regeneração
Animais como lagartos, que conseguem regenerar membros, usam células-tronco na extremidade do ferimento para reconstruir o apêndice perdido. Sapos-de-unha-africanos, como os humanos, não têm essa habilidade, mas os medicamentos e a cobertura BioDome parecem ativar capacidades regenerativas latentes nesses animais.
O potencial da regeneração de membros humanos
O sucesso do experimento com sapos-de-unha-africanos deu aos cientistas esperança de que a regeneração de membros humanos possa ser possível dentro de algumas décadas. Os pesquisadores acreditam que a integração da engenharia biomédica com a biologia levará a novos avanços que tornarão isso uma realidade.
Desafios e pesquisas futuras
Embora os resultados com sapos-de-unha-africanos sejam promissores, os pesquisadores reconhecem que aplicar a técnica em camundongos apresentará novos desafios. Camundongos têm um sistema imunológico e um processo de cicatrização diferentes dos sapos, então os medicamentos e a cobertura BioDome podem precisar ser modificados.
Apesar desses obstáculos, os pesquisadores estão otimistas de que seu trabalho acabará levando a tratamentos que podem ajudar humanos a regenerar membros perdidos. Eles acreditam que a capacidade de regenerar estruturas complexas como membros teria um profundo impacto nas vidas das pessoas que sofreram amputações ou outras lesões em membros.
Palavras-chave de cauda longa
- Como a cobertura BioDome imita um ambiente amniótico? A cobertura BioDome é uma cobertura de silicone que contém uma mistura de cinco medicamentos. Ela foi projetada para imitar o saco cheio de líquido onde os embriões se desenvolvem, criando um ambiente propício à regeneração.
- Quais são os obstáculos para aplicar a técnica de regeneração de membros em camundongos? Camundongos têm um sistema imunológico e um processo de cicatrização diferentes dos sapos, então os medicamentos e a cobertura BioDome podem precisar ser modificados para funcionar efetivamente em camundongos.
- Quando os cientistas esperam que a regeneração de membros humanos se torne possível? Os cientistas acreditam que a regeneração de membros humanos pode ser possível dentro de algumas décadas. No entanto, eles reconhecem que ainda há desafios que precisam ser superados antes que isso possa se tornar uma realidade.